terça-feira, 28 de maio de 2013

10 Passos Para Uma Alimentação Saudável - Crianças Menores de 2 Anos


1. DAR SOMENTE LEITE MATERNO ATÉ OS 6 MESES, SEM OFERECER ÁGUA, CHÁS OU QUAISQUER OUTROS ALIMENTOS.
O leite materno contém tudo o que a criança necessita até os 6 meses de idade, além de proteger contra infecções. A criança que recebe outros alimentos além do leite materno antes dos 6 meses, principalmente através de mamadeira, incluindo água e chás, pode apresentar mais doenças e desnutrição.

2. A PARTIR DOS 6 MESES, OFERECER DE FORMA LENTA E GRADUAL OUTROS ALIMENTOS, MANTENDO O LEITE MATERNO ATÉ OS 2 ANOS DE IDADE OU MAIS.
A partir dos 6 meses, o organismo da criança já está preparado para receber alimentos diferentes do leite materno, que são chamados de alimentos complementares. Mesmo recebendo outros alimentos, a criança deve continuar a mamar no peito até os 2 anos ou mais, pois o leite materno continua alimentando a criança e protegendo-a contra doenças.
Com a alimentação complementar é importante que a criança receba água nos intervalos das refeições.

3. A PARTIR DOS 6 MESES, DAR ALIMENTOS COMPLEMENTARES (CEREAIS, TUBÉRCULOS, CARNES, LEGUMINOSAS, FRUTAS E LEGUMES) 3 VEZES AO DIA SE A CRIANÇA RECEBER LEITE MATERNO, E 5 VEZES AO DIA SE ESTIVER DESMAMADA.
Se a criança está mamando no peito, 3 refeições por dia com alimentos adequados são suficientes para garantir uma boa nutrição e crescimento no primeiro ano de vida. No segundo ano de vida, devem ser acrescentados mais 2 lanches, além das 3 refeições.
Se a criança não está mamando no peito, deve receber 5 refeições por dia com alimentos complementares já a partir do sexto mês.

4. A ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR DEVE SER OFERECIDA SEM RIGIDEZ DE HORÁRIOS, RESPEITANDO SEMPRE A VONTADE DA CRIANÇA.
Crianças amamentadas no peito, em livre demanda, desenvolvem muito cedo a capacidade de autocontrole sobre a ingestão de alimentos, aprendendo a distinguir as sensações de saciedade após as refeições e de fome após o jejum (período sem oferta de alimentos). Esquemas rígidos de alimentação interferem nesse processo de autocontrole pela criança.
Esse aprendizado precoce é fundamental na formação das diferenças nos estilos de controle de ingestão de alimentos nos primeiros anos de vida.
A quantidade da refeição está relacionada positivamente com os intervalos entre as refeições (grandes refeições estão associados a longos intervalos e vice-versa).
É importante que as mães desenvolvam a sensibilidade para distinguir o desconforto e o choro da criança (se é sono, frio, calor, fraldas molhadas ou sujas, dor, necessidade de carinho), para que elas não insistam em oferecer alimentos à criança quando esta não estiver com fome.
Sugere-se, sem esquema rígido de horário, que, para as crianças em aleitamento materno, sejam oferecidas 3 refeições complementares, sendo uma no período da manhã, uma no horário do almoço e outra no final da tarde ou início da noite.
Para as crianças já desmamadas, devem ser oferecidas 3 refeições mais 2 lanches assim distribuídos: No período da manhã (desjejum),  no meio da manhã (colação), no almoço, no meio da tarde (lanche) e no final da tarde ou início da noite (jantar).

5.  A ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR DEVE SER ESPESSA DESDE O INÍCIO E OFERECIDA DE COLHER; COMEÇAR COM CONSISTÊNCIA PASTOSA (PAPAS/PURÊS) E, GRADATIVAMENTE, AUMENTAR A SUA CONSISTÊNCIA ATÉ CHEGAR À ALIMENTAÇÃO DA FAMÍLIA.
No início da alimentação complementar, os alimentos oferecidos à criança devem ser preparados especialmente para ela, sob a forma de papas/purês de legumes/cereais/frutas. São os chamados alimentos de transição.
A partir dos 8 meses, podem ser oferecidos os mesmos alimentos preparados para a família, desde que amassados, desfiados, picados ou cortados em pedaços pequenos.
Sopas e comidas ralas/moles não fornecem energia suficiente para a criança.
Deve-se evitar o uso da mamadeira, pois a mesma pode atrapalhar a amamentação e é a principal fonte de contaminação e transmissão de doenças.
Recomenda-se o uso de copos (copinhos) para oferecer água e outros líquidos;  já os alimentos pastosos e sólidos devem ser oferecidos no prato e com colher.
Não bata os alimentos no liquidificador, pois a mastigação da criança deve ser estimulada e com a ingestão de alimentos “líquidos” isso não ocorre.

6. OFERECER À CRIANÇA DIFERENTES ALIMENTOS AO DIA, UMA ALIMENTAÇÃO VARIADA E COLORIDA É UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.
Desde cedo a criança deve acostumar-se a comer alimentos variados. Só uma alimentação variada evita a monotonia da dieta e garante a quantidade de vitaminas e minerais que a criança necessita, mantendo uma boa saúde e crescimento adequados.
O ferro dos alimentos é melhor absorvido quando a criança recebe, na mesma refeição, carne e frutas ricas em vitamina C.
A formação dos hábitos alimentares é muito importante e começa muito cedo. É comum a criança aceitar novos alimentos apenas após algumas tentativas, e não nas primeiras. O que pode parecer rejeição aos novos sabores e texturas, e da própria evolução da maturação dos reflexos da criança.
Os alimentos devem ser oferecidos separadamente, para que a criança aprenda a identificar as suas cores e sabores. Colocar as porções de cada alimento no prato, sem misturá-las.

7. ESTIMULAR O CONSUMO DIÁRIO DE FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES NAS REFEIÇÕES.
As crianças devem acostumar-se a comer frutas, verduras e legumes desde cedo, pois esses alimentos são importantes fontes de vitaminas, cálcio, ferro e fibras.
            Para temperar os alimentos, recomenda-se o uso de cebola, alho, óleo, pouco sal e ervas (salsinha, cebolinha, manjericão, etc).

8. EVITAR AÇÚCAR, CAFÉ, ENLATADOS, FRITURAS, REFRIGERANTES, BALAS, SALGADINHOS E OUTRAS GULOSEIMAS, NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA. USAR SAL COM MODERAÇÃO.
Açúcar, sal e frituras devem ser consumidos com moderação, pois o seu excesso pode trazer problemas de saúde no futuro.
O açúcar somente deve ser usado na alimentação da criança após 1 ano de idade.
Esses alimentos não são bons para a nutrição da criança e competem com alimentos nutritivos.
Deve-se evitar alimentos muito condimentados (pimenta, mostarda, ketchup, temperos industrializados, etc).

9.  CUIDAR DA HIGIENE E MANUSEIO DOS ALIMENTOS E GARANTIR O SEU ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO ADEQUADOS.
Para uma alimentação saudável, deve-se utilizar alimentos frescos, maduros e em bom estado de conservação. Os alimentos oferecidos às crianças devem ser preparados pouco antes do consumo; nunca oferecer restos de uma refeição.
Para evitar a contaminação dos alimentos e a transmissão de doenças, a pessoa responsável pelo preparo das refeições deve lavar bem as mãos e os alimentos que serão consumidos, assim como os utensílios em que serão preparados e servidos.
Os alimentos devem ser guardados em local fresco e protegidos de insetos e outros animais.
Restos de refeições que a criança recusou não devem ser oferecidos novamente.

10. ESTIMULAR A CRIANÇA DOENTE E DESNUTRIDA A SE ALIMENTAR, OFERECENDO SUA ALIMENTAÇÃO HABITUAL E SEUS ALIMENTOS PREFERIDOS, RESPEITANDO A SUA ACEITAÇÃO.
As crianças doentes, em geral, tem menos apetite, mas de quelquer forma as refeições devem ser oferecidas normalmente, porém sem forçar a criança a comer.
Para garantir uma melhor nutrição e hidratação da criança doente, aconselha-se oferecer alimentos de sua preferência, sob a forma que a criança melhor aceite, e aumentar a oferta de líquido.
Para a criança com pouco apetite, oferecer um volume menor de alimentos por refeição e aumentar a frequência de oferta de refeições ao dia.
Para que a criança doente se alimente melhor, é importante sentar-se ao lado dela na hora da refeição e ser mais flexível com horários e regras relacionados à alimentação.
A criança desnutrida pode ter o apetite aumentado. Por isso, recomenda-se aumentar a oferta de alimentos nesse período, acrescentando pelo menos mais uma refeição ao dia.
Enquanto a criança come com sua própria colher, a pessoa responsável pela sua alimentação deve ir oferecendo-lhe alimentos com o uso de outra colher.



ESQUEMA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS QUE ESTÃO EM ALEITAMENTO MATERNO

O Ministério da Saúde produziu um vídeo sobre os Dez passos da Alimentação Saudável para menores de dois anos. Dirigido por Gustavo Aranha e Natália Rio Monteiro, o vídeo mostra como deve ser a alimentação para essas crianças.


Até a próxima pessoal!!



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