Em uma enquete realizada pelo Blog Saúde e Nutrição, foi
verificado que 68% dos participantes da enquete não estão satisfeitos com sua
imagem corporal. Seria a mídia uma das causas de tal insatisfação?
Para Schilder (1994), a imagem corporal é a figura de nosso
próprio corpo que formamos em nossa mente, ou seja, o modo pelo qual o corpo se
nos apresenta.
Segundo Thompson (1996), o conceito de imagem corporal
envolve três componentes:
• Perceptivo, que se relaciona com a precisão da percepção
da própria aparência física, envolvendo uma estimativa do tamanho corporal e do
peso;
• Subjetivo, que envolve aspectos como satisfação com a
aparência, o nível de preocupação e ansiedade a ela associada;
• Comportamental, que focaliza as situações evitadas pelo
indivíduo por experimentar desconforto associado à aparência corporal.
Para McNamara (2002), crenças culturais determinam normas
sociais na relação com o corpo
humano. Práticas de embelezamento, manipulação e mutilação,
fazem do corpo um terreno de significados simbólicos. Mudanças artificiais em
seu formato do corpo, tamanho e aparência são comuns em todas as sociedades e
têm uma importante função social. Elas comunicam a informação sobre a posição
social do indivíduo e, muitas vezes, demonstram um sinal de mudança em seu
status social.
De acordo com Adams (1977), percebe-se que o mundo social,
claramente, discrimina os indivíduos não atraentes, numa série de situações
cotidianas importantes. Pessoas julgadas pelos padrões vigentes como atraentes
parecem receber mais suporte e encorajamento no desenvolvimento de repertórios
cognitivos socialmente seguros e competentes, assim, indivíduos tidos como não atraentes,
estão mais sujeitos a encontrar ambientes sociais que variam do não-responsivo
ao rejeitador e que desencorajam o desenvolvimento de habilidades sociais e de
um autoconceito favorável.
Segundo Stice (2002), sociólogos têm proposto dois processos
que promovem atitudes e comportamentos: reforço social e a modelagem. O reforço
social refere-se ao processo por meio do qual pessoas internalizam atitudes e
comportam-se mediante aprovação dos outros. Como exemplo, um adolescente pode
querer seguir uma dieta caso perceba que a mídia glorifica o corpo esbelto e
magro e critica as pessoas com excesso de peso. A modelagem refere-se ao
processo em que o individuo observa comportamentos de outros e os imita. A
sociedade pode ser um modelo de preocupações com as medidas corporais, dietas
excessivas, comportamentos não-saudáveis de controle de peso e, em última
análise, compulsões alimentares.
Influências da mídia na insatisfação e distúrbios da
imagem corporal
Para Stice (2002), existem evidências que dão suporte de que
a mídia promove distúrbios da imagem corporal e alimentar. Análises têm
estabelecido que modelos, atrizes e outros ícones femininos vêm se tornando
mais magras ao longo das décadas. Indivíduos com transtornos alimentares
sentem-se pressionados em demasia pela mídia para serem magros e reportam terem
aprendido técnicas não-saudáveis de controle de peso (indução de vômitos,
exercícios físicos rigorosos, dietas drásticas) através desse veículo.
Em estudo realizado nas ilhas Fiji, Becker et al. (2002)
avaliou o impacto da exposição das adolescentes à televisão e consequentes
atitudes e comportamentos alimentares desses indivíduos. O estudo foi dividido
em duas etapas, a primeira em 1995 e a segunda em 1998, já com três anos de
exposição à televisão. Os resultados mostraram que os indicadores de transtorno
alimentar foram significantemente mais prevalentes após 1998, demonstrando
também maior interesse em perda de peso, sugerindo um impacto negativo da
mídia.
Qual seu conceito de beleza? Há quem veja a beleza física
como essencial, outros a beleza espiritual vem em primeiro lugar.
Alguns creem que exista a beleza extraordinária, outros são indiferentes...
Ao longo do tempo vemos sendo proposto alguns "padrões
de beleza". Tudo depende da moda dominante, da cultura de determinada
época e das diferentes percepções de quem analisa.
Na época da Renascença o padrão "gordinha" era sinônimo de beleza pois demonstrava que a família da referida mulher era abastada.
Na época da Renascença o padrão "gordinha" era sinônimo de beleza pois demonstrava que a família da referida mulher era abastada.
Na idade Média, a ideia de fertilidade, trazia uma mulher de
quadril largo e ventre avolumado.
Foi somente na década de 20 que a possibilidade de
outros padrões de beleza foi real. Veio então, o padrão clássico
muito bem representado por um mito do cinema: Greta Garbo.
Nos anos 50 a americana Marlyn Monroe surgiu com sua curvas
acentuadas e coxas fartas trazendo uma ideia de beleza mais agressiva.
Já no final dos anos 60 outro padrão de beleza:
Raquel Welch, conhecida pelo seu corpo sarado.
Hoje em dia os padrões de beleza são caracterizados por extremos..
A realidade atual é que a beleza, assim como a moda, esta
relacionada a padrões de magreza impostos pela indústria da
moda e pela mídia, a fim de atender as necessidades do fashion business por valorizar a roupa
e, consequentemente, vender mais. E ainda existem aqueles que vivem à base de suplementos alimentares, anabolizantes ou shakes em busca de um corpo "sarado" ou "forte" sem se preocupar com as consequências que podem afetar seriamente a saúde.
Os padrões de beleza tem sido alterados ao longo dos
tempos. Mas... e você o que pensa a respeito? Qual seu "padrão
de beleza"? Você quer se transformar fisicamente ou ser aceita? Você luta
incessantemente para obter uma beleza perfeita ou você é feliz como você
é? Uma coisa é buscar um peso saudável, ter uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos para manter a saúde, outra coisa é viver de dietas malucas, restringir alimentos, induzir vômito, ficar horas na academia ou viver à base de suplementos alimentares para ficar musculoso e ser socialmente aceito(a)... Qual o SEU conceito de beleza? Ser magro, gordo, forte ou ser saudável? Eu priorizo minha saúde e você? Pense a respeito...
Referências:
Carolina JS, Camila SS, Bianca MS, Táki AC. Imagem corporal nos transtornos alimentares.
Revista de Psiquiatria Clínica. Ambulatório de Bulimia e Transtornos
Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). São Paulo. SP. Brasil.
Blog Beleza Super Virtuosa. Disponível em: belezasupervirtuosa.blogspot.com.br
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