quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Probióticos x Prebióticos


Cada vez mais se descobrem alimentos que desempenham funções benéficas ao organismo humano, como prevenção de doenças, proteção de órgãos e tecidos, manutenção das reações básicas, entre outros. O interesse por uma alimentação saudável vem crescendo bastante, assim como a procura por alimentos funcionais, que além de suprir a nutrição básica promovem a saúde.
De acordo com a ANVISA - propriedade funcional é aquela relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano. Entre os alimentos com propriedades funcionais encontram-se os prebióticos, probióticos e simbióticos.
A microbiota humana intestinal (microrganismos presentes no nosso intestino) exerce um papel importante tanto na saúde quanto na doença e  suplementação da dieta com probióticos e prebióticos pode assegurar o equilíbrio dessa microbiota.

PROBIÓTICOS
A palavra probiótico foi introduzida por Lilley e Stillwell, em 1965, para descrever microrganismos que desempenham atividades benéficas.
Segundo outros autores, probióticos são microrganismos vivos que, quando consumidos em quantidades adequadas, agem do trato gastrointestinal do organismo hospedeiro melhorando o balanço microbiano intestinal. A influência benéfica dos probióticos sobre a microbiota humana inclui fatores como efeitos antagônicos, competição e efeitos imunológicos, resultando em um aumento da resistência contra patógenos. Assim, a utilização de culturas bacterianas probióticas estimula a multiplicação de bactérias benéficas, em detrimento à proliferação de bactérias potencialmente prejudiciais, reforçando os mecanismos naturais de defesa do hospedeiro.
As formas mais encontradas de probióticos são nos produtos lácteos e nos alimentos fortificados com probióticos. No entanto existem no mercado comprimidos, cápsulas e sachês que contêm os probióticos. 
Exemplos de alimentos que contém probióticos: 


PREBIÓTICOS
São componentes alimentares não digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro, por estimularem seletivamente a proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis no intestino. Adicionalmente, o prebiótico pode inibir a multiplicação de patógenos, garantindo bedefícios à saúde do hospedeiro. Esses componentes atuam mais no intestino grosso, embora também possam ter algum impacto sobre os microrganismos do intestino delgado. Os prebióticos são encontrados em diversos alimentos como frutas, vegetais, entre outros.
Exemplos de alimentos que contém prebióticos:


SIMBIÓTICOS
São combinações apropriadas de prebióticos e probióticos. Um produto simbiótico exerce um efeito tanto prebiótico quanto prebiótico. Essa combinação pode possibilitar a sobrevivência da bactéria probiótica no alimento e nas condições do meio gástrico, possibilitando sua ação no intestino grosso, sendo que os efeitos desses ingredientes podem ser adicionados.
Exemplos de simbióticos:


O consumo de probióticos e prebióticos deve ser estimulado, mas sua ingestão não descarta a influência da hereditariedade, alimentação equilibrada e atividade física. O ideal é que esses alimentos sejam consumidos diariamente. Caso haja a necessidade de suplementação, deve ser feito por um profissional nutricionista ou médico, de forma individualizada.



REFERÊNCIAS
Oliveira MN, Sivieri K, Alegro JHA, Saad SMI. Aspectos tecnológicos de alimentos funcionais contendo probióticos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. 2002;38(1).

Estef  CA, Alves MAR, Ribeiro RL. Probióticos, prébióticos e simbióticos – artigo de revisão. Rev  saude e ambiente, Duque de Caxias. 2008;3(1):16-33.

Guarner F, Khan AG, Garisch J, Eliakim R, Gangl A, Thomson A, et al. Probióticos e prébióticos. Organização Mundial de Gastroenterologia. 2008.

Saad SMI. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. 2006;42(1).



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