quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Utilização de Panela de Ferro X Benefícios à Saúde


Antes de preparar uma boa refeição, o consumidor deve estar atento na hora de escolher onde o alimento será feito. Hoje a indústria oferece panelas de alumínio, vidro, cerâmica, aço inox, antiaderente (teflon), etc. Como existem tantos modelos, dos mais diversos materiais, o consumidor precisa saber que a escolha de cada um pode variar de acordo com o tipo de alimento. Conheça nesta matéria um pouco mais sobre a panela de ferro e em breve sobre os demais diferentes tipos de panelas e como utilizá-las adequadamente.

Na culinária brasileira os utensílios de ferro foram bastante tradicionais, sendo ainda encontrados na atualidade, em especial em determinadas regiões, particularmente em pequenas cidades do interior, eventualmente utilizados em ocasiões específicas. O predomínio das panelas de ferro na culinária existiu especialmente até 1950-1960, antes da utilização em massa das panelas de alumínio.
A liga usual de ferro nas panelas, conhecida comercialmente como GG 10, possui alto teor de carbono (C > 2%), e cerca de 93% de ferro, além de outros elementos minoritários.
O uso regular de panelas de ferro foi correlacionado pela população à prevenção e ao tratamento de anemia ferropriva. A ciência buscou fundamento para o conhecimento popular, seja mediante estudos envolvendo a avaliação da transferência do ferro da panela para os alimentos, seja no sentido de investigar se o ferro desprendido pela panela deste material é aproveitado pelo organismo.
Hoje é reconhecido pela ciência que as panelas de ferro liberam o metal para os alimentos e que este é aproveitado, no mínimo parcialmente, pelo corpo humano, sendo considerado em termos técnicos como ferro biodisponível. Tal constatação tem sido também assumida pelas autoridades em saúde coletiva já há alguns anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1991, afirmou que o uso de panelas de ferro no preparo de alimentos é uma forma alternativa para a redução da anemia por deficiência de ferro na população, incluindo em gestantes.
Assim sendo, é possível afirmar que o uso regular das panelas de ferro é benéfico ao estado nutricional de indivíduos vegetarianos, mulheres em idade fértil e crianças, ou seja, aos indivíduos mais susceptíveis à anemia por deficiência de ferro.
O peso do utensílio, o sabor residual metálico em certas preparações, ou mesmo alterações de cor dos alimentos estão entre os limitantes para a adoção da panela de ferro regularmente no preparo de alimentos. A “modernidade” também pode ser citada como um motivo que tende a levar ao desuso deste tipo de utensílio. Com respeito ao peso, pesquisa apontou que a substituição do ferro laminado no lugar do tradicional ferro fundido pode reduzir em cerca de 20% o peso do utensílio, ao mesmo tempo em que a desejável transferência de ferro do material é mantida.

DICAS E CUIDADOS
- Lavar sempre após o uso, secando completamente na chama do fogão tanto a panela como a tampa da mesma.
- Para guardar por tempo prolongado untar com óleo vegetal refinado, e antes de usar novamente, lavar completamente.
- Panelas antigas de ferro são tão boas quanto as mais novas.
- Caso a panela esteja enferrujada, para evitar ingerir o excesso de ferro contido na ferrugem, lavar com água morna e detergente neutro, secando na chama do fogão. Caso a ferrugem seja excessiva, pode ser necessário ferver e desprezar a água da fervura.
- Não preparar todos os alimentos integrantes das refeições em panelas de ferro, pois também não é interessante ter uma ingestão excessiva de ferro.
- Não guardar alimentos em panelas de ferro, exceto se tratando de panela de ferro esmaltada.
- No frio ela ajuda a manter o alimento quente durante o período das refeições.



INDICAÇÕES
RESTRIÇÕES




RELACIONADAS A INDIVÍDUOS
-Portadores de anemia ferropriva.

-Crianças e adolescentes.

-Gestantes.

-Mulheres em idade reprodutiva.

-Vegetarianos.
-Portadores de hamocromatose.

-Portadores de dislipidemias: hipercolesterolemia, hiperlipidemia e hipertrigliceridemia.









RELACIONADAS A ALIMENTOS/ PREPARAÇÕES
-Preparo de alimentos de cor escura, evitando alterações na coloração.

-Alguns alimentos, como o arroz e a pizza congelada ganham atributos sensoriais desejáveis.

-Batata assada e soutê são indicados por terem seu visual e crocância valorizados quando preparados em recipientes de ferro.

-Sopas, caldos e molhos coloridos são indicados.

-O preparo de carne em panela de ferro potencializa a absorção de ferro pelo organismo.

-Contra indicado para frituras por imersão.

-Evitar contato prolongado entre a panela e os alimentos devido à transferência excessiva de ferro.

-Não guardar alimentos em panela de ferro fundido sem revestimento.

-Alterações sensoriais em certos alimentos (cor, aroma e sabor).


Referências:
Quintaes KD, Caleffi R. Tudo sobre panelas. São Paulo: Atlântica. 2010.

Instituto de Defesa do Consumidor – IDEC. Conheça os diferentes tipos de panelas e como usá-las adequadamente. Disponível em: http://www.idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/conheca-os-diferentes-tipos-de-panela-e-como-usa-las-adequadamente.

Nutritotal. Utensílios de ferro usados em preparações culinárias aumentam os níveis desse nutriente na alimentação? Disponível em: http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&categoria=1&id=342.

Quintaes KD. Utensílios para alimentos e implicações nutricionais. Rev. Nutr. Campinas, 2000;13(3): 151-156.


Até a próxima pessoal!!! Beijos!!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Receitinha: Suco de Couve com Limão e Hortelã


Que trio é esse hein!!! Couve, limão e um toque de hortelã... Cada um tem suas particularidades que trazem benefícios ao consumidor... A couve é rica em cálcio, o que faz dela uma aliada na prevenção da osteoporose, e o ferro presente previne a anemia. Já o limão fortalece o sistema imunológico devido à grande quantidade de vitamina C presente na fruta, além de ser ter função anticancerígena, ser antioxidante e atuar como antiinflamatório natural. O consumo do limão também pode prevenir problemas circulatórios, pois seus flavonóides reforçam a parede dos vasos sanguíneos e dão mais elasticidade às artérias. Além de todos esses benefícios a vitamina C presente no limão ainda auxilia na absorção do ferro. A hortelã é uma erva rica em cálcio, fósforo, ferro, potássio e vitaminas A, B e C. Além do sabor que ela traz à culinária. E então pessoal, vamos à receita dessa combinação perfeita de vitaminas e minerais?

Suco de Couve com Limão e Hortelã

Ingredientes:
2 folhas médias de couve previamente higienizadas
1200 ml de água gelada
15 colheres (sopa) de açúcar
6 folhas de hortelã
3 limões (somente o suco)

Preparo:
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Sirva logo após o preparo! 
Lembrando que não é necessário coar o suco.

Bom apetite!!



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Alimentação na Terceira Idade



É importante ter em mente que os cuidados nutricionais na terceira idade não são apenas os cuidados terapêuticos. Nunca é tarde para considerar a nutrição como um fator de promoção de saúde e prevenção de doenças. Atualmente, os idosos buscam por informações sobre saúde e nutrição e estão dispostos a fazer modificações  visando manter a sua independência e qualidade de vida. O envelhecimento é um processo biológico natural. Entretanto, envolve algum declínio nas funções fisiológicas. Várias são os fatores relacionados à má alimentação que atingem os idosos como um reflexo de seu estilo de vida:

Dificuldades na mastigação
Deve-se considerar a utilização de próteses dentárias ou a falta dos dentes. Para se manter a função de mastigação, muitas vezes é necessário mudar a textura (consistência) dos alimentos.

Hábitos alimentares
Os hábitos alimentares foram adquiridos desde a infância e sustentados ao longo da vida, portanto, nem sempre é fácil modificá-los. A alimentação está condicionada aos hábitos familiares, religiosos e socioeconômicos, que devem ser respeitados para se conseguir êxito quando as mudanças são necessárias.

Situação socioeconômica
A renda familiar ou a do idoso é um fator que interfere diretamente na sua alimentação. Deve-se recomendar a aquisição de alimentos da época, principalmente frutas e hortaliças, pois são os que apresentam um custo menor, são mais nutritivos e saudáveis.

Constipação intestinal
A constipação pode ocorrer devido ao baixo consumo de alimentos ricos em fibras, gorduras saudáveis e água, pela falta de atividade física, atonia muscular e alterações hormonais. A constipação é uma queixa constante na população idosa, seja na situação ambulatorial, seja em pacientes acamados por longos períodos, em seu domicílio ou em instituições. Deve-se então fornecer abundante quantidade de líquidos e de alimentos ricos em fibras insolúveis. Insistir no consumo de frutas frescas e secas, hortaliças (verduras e legumes), cereais integrais e produtos derivados, e algumas fontes de gorduras saudáveis, como azeite de oliva e castanhas.

Diminuição da atividade dos órgãos dos sentido
Com o avanço da idade, ocorre diminuição das sensibilidades gustativa e olfativa que, consequentemente, levam à redução da sensibilidade ao cheiro e sabor dos alimentos, que estão associados à perda do apetite.
A alimentação deve ser atraente, preparada e temperada com ervas frescas e temperos que ativem essas sensações, mas sempre com certa restrição ao uso do sal e temperos industrializados para não ocasionar hipertensão arterial.

Processos digestivos mais lentos
A alimentação diária deve ser fracionada em várias refeições, sendo o ideal 6 refeições ao dia com volume reduzido, alimentos bem cozidos, com texturas brandas e de fácil digestão. Na terceira idade há diminuição na produção de enzimas digestivas e do ácido clorídrico, o que dificulta a digestão de alguns alimentos.
Evitar carnes gordas, frituras, embutidos, pimentão, pepino, couve-flor e cebola crua, que são alimentos que demoram mais a ser digeridos.

Dificuldade de mobilização
A incidência da osteoporose pode levar o idoso à situação de imobilização parcial ou total. Nesse caso, a alimentação e o incentivo à atividade física leve, como alongamento, ioga e caminhada, são fatores importantes que deverão ser estimulados e controlados.
Incentivar o consumo de alimentos ricos em cálcio e fósforo e tomar sol nos horários recomendados.


Diminuição da ingestão de Ferro
A anemia é um problema presente em alguns idosos, uma vez que a capacidade de hematopoiese (a formação dos eritrócitos, leucócitos e plaquetas do sangue) está reduzida pela diminuição da superfície da medula óssea, geralmente localizada apenas nas extremidades dos ossos longos.
O consumo de alimentos ricos em ferro é recomendado.

Priorizar o consumo de alimentos fontes de vitaminas e sais minerais
Nos idosos, a carência de vitamina C é comum e, com  frequência, leva a gripes e resfriados ou a processos infecciosos. Procure oferecer alimentos ricos em vitamina C juntamente com alimentos fonte de Ferro, pois um auxilia na absorção do outro.

Incluir nas refeições vitaminas do complexo B que auxiliam na produção de energia, juntamente com os carboidratos, vitaminas A, C e E que tem função antioxidante e vitamina K que age no processo de coagulação sanguínea pera evitar hemorragias. Todos os minerais devem estar presentes na dieta.




Socialização
Apesar de o envelhecimento produzir mudanças no corpo e, consequentemente, na imagem corporal e na auto-estima, os indivíduos da melhor idade que superam essa crise estarão aptos a assumir sua identidade na sociedade, sentindo-se seguros, valorizados e queridos.
A aceitação social pode trazer mais vigor e criar um novo estilo de vida, tornando o idoso aberto a novas experiências, interesses específicos, relacionamentos qualitativos e mais disposto a participar da vida num conjunto de ganhos.
O envelhecimento será saudável se as condições físicas e sociais forem satisfatórias. Trata-se de um delicado equilíbrio entre limitações e potencialidades.
Quanto à família e à sociedade espera-se que entendam a eventual dependência do idoso, as modificações físicas que surgem, propiciando relações afetivas necessárias para sua segurança e considerando as oscilações entre dependência e autonomia.
A sociedade deve participar e precisa estar junto para que esse grupo possa prosseguir em sua caminhada e transmitir seus saberes e sua cultura acumulada. Essas experiências de vida ninguém pode tirar!


DEZ PASSOS DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA PESSOAS IDOSAS

1.    Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições!

2.    Inclua diariamente 6 porções do grupo dos cereais (arroz, milho e trigo, pães e massas), tubérculos (batata) e raízes (mandioca) nas refeições. Esses alimentos são fontes de carboidratos. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na forma mais natural.

3.    Coma diariamente pelo menos 3 porções de legumes e verduras como parte das refeições e 3 porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.
   

4.    Coma feijão com arroz todos os dias, ou pelo menos 5 vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e faz bem para a saúde.

5.    Consuma diariamente 3 porções de leite e derivados e 1 porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis.

6.    Consuma no máximo 1 porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina.

7.    Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos com recheio e/ou cobertura, biscoitos recheados e outras guloseimas. Coma-os no máximo 2 vezes por semana.

8.    Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa.

9.    Beba pelo menos 2 litros de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.

10. Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física moderada todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo.


Até a próxima pessoal!!
Beijo!!
   

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Receitinha: Suco de Melancia com Hortelã


Os dias quentes de verão pedem opções refrescantes, capazes de repor as quantidades de água e sais minerais perdidos durante a transpiração. Nessa hora, a melancia se apresenta como uma das melhores opções. Ela é um excelente alimento para hidratação, possui cerca de 90% de água, é rica em vitaminas e minerais que auxiliam no equilíbrio orgânico, tem poder anticancerígeno devido à presença de vitamina C e licopeno que juntos tem grande força contra os radicais livres, auxilia no controle da pressão arterial devido ao potássio presente na fruta, além de outros benefícios. Segue abaixo uma excelente opção para se refrescar nesse verão e aproveitar os benefícios da melancia. Experimente já!!

Suco de Melancia com Hortelã


Ingredientes:
400g de melancia picada sem sementes (aproximadamente um prato raso como mostra a foto acima)
1 xícara (chá) de água gelada
2 colheres (sopa) de açúcar
4 folhas de hortelã

Preparo:
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Sirva logo após o preparo. Lembrando que  não é necessário coar o suco!!

Bom apetite!!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Saiba Mais Sobre a Linhaça



Definição
Planta herbácea que varia de 30cm a 130cm de altura, a linhaça apresenta talos eretos, folhas estreitas e flores de coloração azul, vermelha ou branca. O fruto consiste de cápsula globosa, da qual saem as sementes brilhantes e planas.


Origem

A linhaça pertence à família Linaceae. Os relatos mais antigos com relação à  semente da linhaça são datados de 8000 anos a.C. no continente asiático. Foram até encontrados desenhos da semente em tumbas faraónicas, o que comprova o uso desta herbácea desde a antiguidade. Obviamente tais provas não nos mostram exatamente como a linhaça era utilizada no passado, mas comprovam que a semente de linhaça já era conhecida e tinha alguma aplicação na vida das pessoas.

Tipos/ Variedade

As sementes de linhaça apresentam duas variedades: marrom e dourada. A cor das sementes é determinada pela quantidade de pigmentos presentes, recurso que pode ser alterado por práticas de reprodução normal da planta. Do ponto de vista nutricional, elas são semelhantes e possuem poucas diferenças na quantidade dos nutrientes. A linhaça dourada é proveniente de climas frios e são cultivadas sem agrotóxicos, já a linhaça marrom, mais fácil de encontrar e mais barata, é cultivada em regiões de clima quente e úmido (o que freqüentemente exige o uso de agrotóxicos) e possui uma casca mais resistente. Até 2005 existia no Brasil somente o plantio da variedade de cor marrom. No final de 2006 ocorreu a primeira colheita (de 100 toneladas) da variedade dourada, até então importada do Canadá.


O óleo de linhaça não contém fibras e é comercializado em litros descartáveis e em forma de cápsulas, utilizados como suplementos de dieta. Para se aproveitar os benefícios tanto dos ácidos graxos quanto das fibras o ideal é que a linhaça seja triturada no liquidificador e consumida imediatamente, pois a casca é resistente e de difícil digestão. E é importante evitar que a linhaça triturada não fique muito tempo exposta a luz, alteração de temperatura ou umidade, pois a gordura presente nela pode se oxidar e perder suas propriedades.

Benefícios do seu consumo
LIGNANAS - A linhaça contém lignanas, que são compostos fitoquímicos similares ao estrogênio, que tem propriedades anticancerígenas, principalmente em relação ao câncer de mama e cólon.  
VITAMINA E - A vitamina E presente na casca da linhaça ajuda a combater o envelhecimento precoce e as doenças degenerativas, através da proteção dos ácidos graxos poliinsaturados à oxidação.
GORDURAS - O ômega-3, ômega- 6, ômega-9 e as gorduras poliinsaturadas presentes na linhaça são poderosos aliados no combate a problemas cardiovasculares, obstrução de artérias e redução do mau colesterol (LDL). Os ácidos graxos da linhaça são antioxidantes, ou seja, combatem os radicais livres causadores de várias doenças, reforçando as defesas do corpo.
A linhaça foi identificada também como uma boa fonte de fibra. As fibras solúveis e insolúveis, quando digeridas, formam uma massa viçosa que pode diminuir a circulação de colesterol total e LDL através do aumento do tempo de trânsito e o aumento da excreção de bile. Destaque para a lignina vegetal, fibra insolúvel, que possibilita a eliminação de microorganismos indesejáveis, permitindo um equilíbrio da flora intestinal. Pode também reduzir o colesterol por se ligar aos ácidos biliares no intestino.
PROTEÍNA - A proteína contida na semente da linhaça é também uma fonte excelente da arginina, glutamina e histidina, os três aminoácidos que possuem efeitos significativos nas funções imunes do corpo. O índice elevado do cisteína e metionina na linhaça pode impulsionar os níveis antioxidantes do corpo, estabilizando o DNA durante a divisão celular e reduzindo o risco de determinadas formas de câncer.
COLESTEROL - O consumo moderado e diário de linhaça pode auxiliar na redução do colesterol total circulante e os níveis de LDL, e pode também diminuir vários marcadores associados a doenças cardiovasculares em humanos. Estudos sugerem que a fibra dietética e/ou a lignana contida na linhaça promove uma ação hipocolesterolêmica. A linhaça tem exibido efeito cardioprotetor tanto em estudos clínicos como em modelo animais. 

Excesso
A linhaça apresenta duas substâncias que podem interferir na absorção de certos nutrientes, embora seja em níveis que parecem ser de pouca importância na dieta humana. A linatina que inibe a utilização de piridoxina (vitamina B6) e o ácido fítico que forma complexos insolúveis com o cálcio, cobre, ferro, magnésio e zinco no intestino, reduzindo sua absorção. No entanto, não há evidências de que isso possa ocorrer quando consumida com moderação.

Curiosidades
Desde a cultura antiga, a linhaça tem sido utilizada como alimento, fibras e tecido. Cerca de 200 espécies de Linum (linho ou linhaça) são conhecidas.

Formas de consumo
As sementes ou farelos podem ser utilizadas em iogurtes, saladas, sucos, vitaminas, misturada à cereais, massas de pães e bolos e em todos os outros alimentos. A recomendação de consumo de linhaça é de 1 a 3 colheres de sopa diárias. 

Referências
BESSETT, C,M.C. Experimental and clinical research findings on the cardiovascular benefits of consuming flaxseed. NRC Research Press, v 34, Canada, 2009.
CARTER, J. Semente de Linhaça como alimento funcional para povos... e como alimentação para outros animais. Universidade de estado de Dakota Norte- Fargo, Dakota Norte 58105, 2003.
CREDÍDIO, E. Propriedades Nutricionais da Linhaça. Disponível em:
http://www.abran.org.br/inf_artigos/lista.htm.2005. Acesso em 17 Jul 2007.
CUNNANE, S.C. High alfa-linolenic acid flaxseed (Linum usitatissimum): some nutritional properties in humans. British Journal of Nutrition, v.69, Toronto, 1993.
HELBAEK, H. Plant collecting, dry-farming, and irrigation agriculture in prehistoric Deh Luran. In: HOLE, F.; FLANNERY,
HUSSAIN, S.; ANJUM, F.M.; BUTT, M.S.; KHAN, M.I.; ASGHAR, A. Physical and sensoric attributes of fl axseed fl our supplemented cookies. Turkish Journal of Biology, v.30, n.1, p.87-92, 2006.
JUNGESTRÖM, M.B. Flaxseed and its lignans inhibit estradiol-induced growth, angiogenesis, and secretion of vascular endothelial growth factor in human breast cancer xenografts in vivo. Clinical Cancer Res. V.13 (3), Sweden, 2007.
K.; NEELY, J. (Eds.). Prehistory and human ecology of the Deh Luran Plain. Ann Arbor: University of Michigan, 1969.
p.386-426. (Memoirs of the Museum of Anthropology, Memoir 1).
LINCHTENTHALER, A.G. Efeito comparative de dietas ricas em linhaça marrom e dourado no câncer de mama. Tese de mestrado Faculdade de Saúde Pública USP, 2009.
MORRIS, D.H.; VAISEY-GENSER, M. Flaxseed. Encyclopedia of Food Sciences and Nutrition, v.10, n.2, p.2525-2531, 2003.
OOMAH, B.D. Flaxssed as a functional food source. J. Sci. Food Agric. 81:889-894,2001.
ROTHENBURG, H.C. Avaliação dos efeitos da ingestão de semente de linhaça em ratos Wistar fêmeas hipercolesterolêmicos. FAG, 2003.
TRUCOM, C. A importância da linhaça na saúde. São Paulo: Alaúde, 2006. 151 p.

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